Cancioneiro de Petrarca, concluído por volta de 1370, foi o principal modelo de poesia lírica amorosa no Ocidente. Nele, Petrarca abriu o caminho para uma poesia do sentimento, num jogo emocionante com a razão, e com uma nova linguagem. O que há de solene, de quase escultural em Dante torna-se variado, por vezes esvoaçante, em Petrarca. A fortuna favoreceu mais o primeiro, mas o segundo deixou marcas mais fundas, que perduram até hoje na poesia. São 366 poemas, sendo 317 sonetos, 29 canções, 9 sextinas, 7 baladas e 4 madrigais. O tema central é o amor, em vida e depois da morte de Laura. Mas há também poemas que nos situam no cotidiano do poeta, como o da velhinha, de manhã bem cedo, rodando seu tear.
Francesco Petrarca nasceu em 1304, em Arezzo, na Toscana. O poeta adotou o sobrenome Petrarca, forma derivada do prenome do pai, quando tinha cerca de 30 anos. Ele viveu uma época de transição, foi o último intelectual da Idade Média e o primeiro a anunciar a Idade Moderna. Encontrou suporte na literatura latina, mergulhou de corpo e alma em Cícero, Virgílio e Cipião. Via nos escritos dos antigos romanos uma fonte de inspiração para renovar a civilização da Europa, transformada e deformada, segundo ele, ao longo dos séculos. Sua presença na cultura europeia se dá, também, pela influência generalizada que tiveram seus poemas. Petrarca morreu em 1374.
Peso: | 1.210 g. |
Páginas: | 536 |
ISBN: | 9788526812178 |
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