Esta obra apresenta, pela primeira vez em língua portuguesa, os diários escritos por Umberto Boccioni. Considerado um dos maiores expoentes do futurismo italiano, Boccioni deixou diversos textos, dentre eles seu diário (de 1907, 1908 e 1915). Geralmente lembrado como um artista futurista, seus escritos pessoais permitem que o leitor brasileiro conheça aspectos ainda pouco estudados e divulgados: sua vivência artística antes de sua adesão ao futurismo, assolada por dúvidas e incertezas quanto ao ofício de pintor e ilustrador, assim como seus anos de experiência no front da Primeira Guerra Mundial. O diário de guerra, escrito em 1915, seria um de seus últimos textos: o artista faleceu um ano depois.

Umberto Boccioni (1882-1916) é pintor, desenhista, escultor, escritor, conferencista e teórico. No início do século XX, iniciou sua formação artística em Roma, junto com Gino Severini, no ateliê de Giacomo Balla, que o conduziu nas experiências da pintura pós-impressionista e divisionista. Ingressou no futurismo em 1909, após conhecer F. T. Marinetti em Milão, o polo da modernidade para os futuristas. Foi o responsável pela produção de diversos manifestos e autor de obras teóricas sobre o movimento. Participou na Primeira Guerra Mundial, primeiro como voluntário, e em seguida como convocado; morreu após uma queda de cavalo durante um exercício militar, na região de Verona, no ano de 1916.